quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Cidade perde 40 lugares de estacionamento, mais uma trapalhada


O PSD confrontou o executivo socialista de modo a esclarecer a decisão de subtração ao projeto da envolvente do Forte Santa Catarina de cerca de 40 lugares de estacionamento.

A indagação da bancada social-democrata sobre de quem é a responsabilidade da perda destes lugares de estacionamento resultou numa variedade de explicações “atrapalhadas” por parte do executivo socialista.

Recorde-se que esta questão já havia sido levantada pelo PSD na última reunião de câmara de Julho. Nessa data, a justificação do executivo para que o projeto inicial fosse alterado, foi a de que “a construção, em curso, do parque de estacionamento na zona ribeirinha da Figueira da Foz tinha esbarrado com uma estrutura do antigo molhe do quebra-mar. João Ataíde informara assim na altura de que “a descoberta de um maciço rochoso impedia a implementação do parque conforme previsto.”

Ainda de acordo com o Presidente da Câmara “outra opção seria gastar mais 50 Mil euros, para a remoção de rocha”, solução considerada como não viável para o executivo.

Porém, no local, o vereador do PSD, Miguel Almeida, constatou afinal que o que estava em causa não era um recém-descoberto maciço rochoso, mas sim o facto de terem implementado parte do parque de estacionamento em cima do início do molhe norte.

Confrontados com a constatação da bancada social-democrata de que afinal “o referido maciço” era o início do molhe norte, o PS vem agora dizer que “a responsabilidade de tudo isto é do empreiteiro que deveria estar consciente da necessidade de retirar a pedra que obstaculizava a implantação do parque”.
 
Com novas responsabilidades atribuídas ao empreiteiro, salvaguarda mesmo assim que também não quer onerar significativamente o projeto: “O meu bom senso recomendou que se retirasse esse montante para não gerar conflitos em obra para se ganhar lugares de estacionamento”, assumiu o coordenador do projeto da regeneração urbana na reunião de câmara. “Se não houvesse condicionamento de prazos, a minha opinião seria a de obrigar o empreiteiro a demolir”, acrescentou.
 
Para o PSD fica assim claro que a autarquia abdica de cerca de 40 lugares de estacionamento para evitar conflitos com o empreiteiro da obra, e porque quer que a construção acabe antes das eleições, mesmo sendo, segundo o presidente, o empreiteiro o responsável.

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