terça-feira, 23 de agosto de 2011

Executivo Socialista deixa cair Festival Internacional de Xadrez

Os vereadores do PSD manifestaram publicamente, na última reunião de câmara, preocupação pela indisponibilidade revelada pela Câmara em apoiar importantes eventos locais, nomeadamente o Festival Internacional de Xadrez, evento que ininterruptamente se vem realizando há 7 anos

O evento, agora na 8.ª edição, não se realizará por falta de um apoio de 10 por cento do orçamento, solicitado à Câmara e à Figueira Grande Turismo. João Ataíde lamentou o desfecho desta situação, assumindo só ter ficado a saber do fim do festival pela imprensa. “Se a organização me tivesse dito que tinha 90 por cento do orçamento, garanto que teria conseguido o resto, nem que tivesse que fazer um esforço”, assumiu o presidente de câmara.

Perplexo com a tomada de conhecimento do Sr. Presidente através da comunicação social, Miguel Almeida recomendou a João Ataíde que a sua vereação “reúna mais vezes, pelo menos uma vez por semana, para troca de informações sobre processos relevantes e para que não seja surpreendido com o que sai nos jornais”.

Por sua vez, a vereadora Isabel Cardoso, na qualidade de Administradora da FGT, assumiu a indisponibilidade financeira desta empresa municipal em apoiar 10 por cento do orçamento do evento. Posição que segundo Miguel Almeida a câmara também deveria assumir. “O executivo deve assumir a sua opção política, os senhores têm que assumir que não querem apoiar estes eventos e não dizerem que desconheciam os factos”, sustentou Miguel Almeida.

Também em representação da bancada do PSD, Teresa Machado considerou lamentável o episódio, defendendo que “o engenho na procura de soluções deve ser mais aguçado por parte deste executivo”.

PSD relembra sinuosidade do processo

Extinção de cargo de Direcção Artística e saída de Companhia Vórtice Dance do CAE


Não surpreso com o espectável desfecho protagonizado por Rafael Carriço e o executivo, relativamente à direcção artística no CAE, o PSD relembrou em reunião de câmara os avisos anteriores desta bancada em relação à ambiguidade do estatuto de Rafael Carriço, da sua contratação e do protocolo de cooperação com a Vórtice Dance, da qual Rafael Carriço também era co-responsável.

A previsibilidade deste desfecho, é para o PSD a demonstração clara que o executivo socialista falhou nas previsões e estratégias defendidas para o CAE.

Teresa Machado, da bancada social-democrata, fazendo um historial do processo atribulado, que foi tema de 12% das reuniões de Câmara em 2010, recordou que o partido “sempre manifestou reservas e cautelas em relação à nomeação do director artístico”. Várias inconsistências foram nomeadas na altura pelo PSD, relativamente ao protocolo com a Vórtice Dance, tendo nessa data sido “apresentadas alterações significativas no clausulado, que pretendiam evitar que sucedessem situações como as que se estão a verificar, como por exemplo uso abusivo dos equipamentos técnicos do CAE em proveito exclusivo da Vórtice Dance”.

Um protocolo pouco claro que reflectia uma relação mal definida e um processo sinuoso, que culmina agora com a resolução sancionatória unilateral, baseada numa série de falhas de Rafael Carriço, explicadas por António Tavares, nomeadamente: atrasos na divulgação de espectáculos, recusa de comparecimento em reuniões de coordenação, ausências prolongadas do CAE, descoordenação entre exposição e espectáculos…

Para Teresa Machado “não era novidade que esta situação terminasse assim”. A ambiguidade do estatuto de Rafael Carriço , também reconhecida pelo presidente João Ataíde que assumiu “terem existido dois papéis distintos, o de director artístico e o de co-responsável da Vórtice Dance, que não ficaram bem definidos”. Se esta estivesse bem definida a extinção do cargo de director artístico não acarretaria o fim do protocolo com a companhia de dança.

Para o vereador social-democrata Miguel Ameida a decisão de afastamento de Rafael Carriço é tardia. “A partir do momento em que um colaborador não cumpre só se pode tomar essa atitude”. Miguel Almeida defende ainda que os problemas internos, que “já não são novos”, e só “reflectem a fraca autoridade do executivo”.

Essa sinuosidade agudiza-se, segundo a vereadora Teresa Machado, quando Rafael Carriço faltou à verdade nos cálculos financeiros no relatório do 1º Semestre, relativos aos gastos e lucros do CAE. Muito crítica com as contas que à data o director artístico apresentou, e que foram defendidas por todo o executivo socialista, o PSD “colocou o dedo na ferida” ao chegar a números finais tão díspares, como cerca de 270 mil euros a mais por semestre.

Dos 89 mil euros de custos semestrais apresentados por Rafael Carriço e depois de o PSD ter provado que eram 312mil euros, a evidência fica comprovada quando o relatório anual de contas da Câmara apresenta valores de 663 mil euros relativos aos custos do equipamento CAE, agravados ainda pela diminuição de espectáculos e de público.

Considerando agora estarem esclarecidos os verdadeiros números Teresa Machado manifestou a sua indignação por uma das grandes “bandeiras do executivo”,ser a redução de custos falaciosamente apresentados. Os vereadores do PSD recomendam que é necessária transparência. “Os senhores conseguiram passar a ideia de que o CAE dá lucro, mas o Relatório Anual de Contas confirma a trapalhada nas vossas contas”, sublinha Miguel Almeida.

Manifestando preocupação com o futuro do CAE e da Escola de Artes que a Vórtice Dance dirigia, o PSD exigiu também respostas claras ao executivo, manifestando-se solidário com a petição de cerca de 430 figueirenses que declarou enorme preocupação relativamente ao futuro desta escola. O PSD admitiu total disponibilidade para cooperar no encontro de uma solução para a gestão deste equipamento, que na sua perspectiva “deve afirmar-se como um equipamento regional e não local”, ressalvou o vereador.
Efectivamente, um estudo público encomendado pelo executivo vem conferir legitimidade à posição defendida do PSD, ao concluir que “40 por cento do público do CAE vem de fora e que público da Figueira ocupa apenas um máximo de 300 lugares da casa”, explicou António Tavares.

A vereadora Teresa Machado alertou para o facto de que, se o CAE se pretende afirmar como equipamento regional tem urgentemente que definir a sua marca de política cultural, pois com o novo equipamento cultural que Coimbra muito brevemente terá, rapidamente o CAE perderá a notoriedade com que se afirmou nos últimos anos.



PSD desafia câmara a desenvolver plano de ocupação futura de mercado provisório

Miguel Almeida, vereador em representação da bancada social-democrata, debatendo o carácter provisório da nova estrutura de acolhimento do mercado municipal Eng. Silva, desafiou a câmara a preparar um plano de ocupação futura daquele espaço.

“Este carácter provisório das novas instalações do mercado municipal põe-lhe um peso que não é legível”, objectou o vereador. “Os presidentes de junta a quem dizem que não há dinheiro para nada, assim como a maioria das pessoas não entenderão um gasto de 589 mil euros numa estrutura que é provisória” para o acolhimento do mercado apenas por um período curto de tempo, acrescentou.

Um gasto que só pode ser percebido se depois da instalação do mercado provisório esta estrutura tiver outra vida e outra utilidade, defendeu o PSD. O presidente João Ataíde concordou com a sugestão de desenvolvimento de um plano de ocupação futura do espaço destinado ao mercado provisório e avaliou a “proposta como saudável”. O executivo assumiu acolher a sugestão do PSD e de a executar brevemente.



PSD pede mais valorização de recursos humanos da câmara

A propósito da celebração de uma nova prestação de serviços de assessoria técnica ao programa de requalificação e ordenamento da praia e frente de mar, o PSD considerou prioritário que se faça uso da equipa multidisciplinar que a câmara já possui.

O vereador João Armando, eleito pelo PSD, elencou alguns aspectos que a sua bancada entende que devem ser considerados essenciais no futuro. “Se temos aqui uma equipa multidisciplinar, de profissionais com vários anos de casa, a certa altura ficamos a pensar porque que temos que recorrer a técnicos externos”.

Para o vereador, a câmara mostra ter capacidade a partir das estruturas já existentes de dar resposta a essas solicitações técnicas mais recentes, sendo esta também uma forma de motivar os recursos humanos existentes.