“A cidade vive um clima de insegurança psicológica”. A denúncia partiu dos vereadores do PSD da Câmara Municipal da Figueira da Foz no decorrer da última reunião do executivo, no passado dia 24.
Em causa está o crescente número de casos de violência e assaltos em pleno Bairro Novo, na zona nobre e turística da cidade. “É indiscutível que a cidade viveu durante estes meses de verão um clima de insegurança subjectiva ou psicológica, como lhe queiram chamar, pelos inúmeros casos de violência que ocorreram”, denunciou Miguel Almeida.
O autarca social-democrata criticou ainda a postura do presidente João Ataíde (PS). “Fazendo, aliás, justiça ao Presidente da Câmara que cuidou, em tempo, de tentar que o policiamento na figueira da Foz fosse reforçado durante a época balnear, não posso deixar de o criticar por aceitar como “menino” bem comportado às ordens do governo, as explicações da tutela e permitir que a Figueira não tenha o mesmo tratamento que outras cidades balneares e que o Corpo de Intervenção da PSP não estivesse por cá todo o verão”, disse.
“As questões de segurança devem ser tratadas em privado, acontece que quando não obtemos sucesso nas nossas pretensões durante a fase de tratar dos assuntos no recato dos gabinetes, temos que partir para a etapa de defender publicamente os nossos interesses.
Exigir que respeitem a cidade que representamos, não é ser demagogo é ser responsável”, sublinha Miguel Almeida que prometer apresentar, na próxima reunião, uma proposta no sentido de reivindicar para a região Centro “um Corpo de Intervenção residente na Figueira da Foz”.
No nosso entender, a presença do Corpo de Intervenção durante o verão na Figueira da Foz é por si só um factor dissuasor de violência, ao mesmo tempo que permite que se instale nas pessoas uma sensação de segurança efectiva, isto numa cidade que quer ter no turismo um motor de desenvolvimento económico é fundamental.
É devida uma palavra de reconhecimento ao Grupo de Intervenção Rápido da PSP local, que apesar dos parcos meios ainda permitiram que a situação não se tenha agravado mais.
Infelizmente para o Presidente da Câmara, o importante são os números e as estatísticas e realmente nesse campeonato, por ora, estamos menos mal que outros, mas o importante não é a estatística é o sentimento colectivo de segurança que devemos preservar, principalmente porque dependemos dele para ter sucesso enquanto destino turístico.
segunda-feira, 30 de agosto de 2010
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1 comentários:
Na minha opinião esse clima de insegurança vai se continuar a viver durante muito tempo. Não sei se já é vosso conhecimento, mas no passado domingo de manhã houve desacatos na discoteca pessidónio, onde os seguranças da discoteca espancaram clientes (um deles usando uma arma branca!!!) fazendo com que 3 pessoas fossem para o hospital. A polícia foi chamada ao local, tomou conta da ocorrência sem fazer nada aos agressores, e ainda agrediu verbal e fisicamente (empurrando com os cacetetes) as vítimas do sucedido. Penso que assim não vamos a lado nenhum.
Gonçalo
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