Os vereadores do PSD votaram contra o apoio de 750 euros que o executivo socialista propôs para apoio às Festas de N.ª Sr.ª da Encarnação, em Buarcos.
Os autarcas social-democratas não estão contra o apoio financeiro mas antes contra o valor apresentado pelo PS.
As festas foram apoiadas com 10 mil euros em 2009. A Comissão de Festas de N.ª Sr.ª da Encarnação, após reunião com o vereador António Tavares, em Abril deste ano, formou convicção de que o apoio da autarquia não poderia ser igual ao do ano passado - porque tem consciência das dificuldades financeiras - mas, não obstante, seria de esperar um valor que permitisse a realização das festas com a dignidade com que nos habituou.
Os vereadores do PSD sabem também da difícil situação financeira do município mas não pode ser a um mês da realização dos festejos que a Câmara decide dar uma esmola à comissão, quando estão artistas contratados e outros compromissos assumidos.
O vereador Miguel Almeida critica a decisão da autarquia. Não está em causa o princípio de se ter que proceder a cortes e de se repensar a politica de subsídios mas sim o incumprimento, a um mês da realização das festas, das expectativas criadas já por esta câmara.
Passar de um apoio de 10 mil euros para 750 euros a um mês da festa, numa altura em que a Comissão já contratou artistas e contraiu despesas é, no mínimo, maltratar e ridicularizar uma festa religiosa que é um cartaz turístico da freguesia de Buarcos e do concelho da Figueira da Foz.
OBS: FOTO DE AJM
quarta-feira, 21 de julho de 2010
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1 comentários:
É impressionante como os valores da nossa sociedade se encontram todos trocados, virados única e exclusivamente para o dinheiro. A festa do S.João da Figueira que, a ver bem, passou a ser mais de índole pagã que cristã, envolve milhares de euros e a Câmara comparticipa-a quase em pleno - será que é a pensar nos votos? A da Sra. da Encarnação, uma festa de tradição de longa data que, em outros tempos, chegou a igualar ou mesmo a ser "maior" que a do S. João em termos de importância social e é mais importante numa perspectiva religiosa - e isso só pode ter dúvidas quem não tem um conhecimento mínimo das tradições e do povo da região da Figueira -, passa a ser desvalorizada pela Câmara; alegando-se o tempo de crise pelo qual todos estamos a passar. Lá diz a publicidade: "a tradição já não é o que era". No meio disto, só falta mesmo esquecermos aquilo que foram as guerras mundiais de outros tempos, o sofrimento e dor que estas trouxeram aos povos e esperarmos por uma nova - será o final dos tempos?
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