quarta-feira, 5 de maio de 2010

PSD na imprensa

"Obras do Mercado Municipal geram acesa discussão entre PS e PSD"

Bela Coutinho

As obras de requalificação do Mercado Municipal (inseridas no projecto de regeneração urbana da zona ribeirinha), foram chamadas à “baila” na reunião de câmara pelo vereador do PSD, Miguel Almeida, que quis saber qual o ponto da situação do processo.

As respostas que obteve conduziram a acesa discussão, depois do responsável pelo pelouro, Carlos Monteiro, “clarificar” que a Estruturas de Investimento do Mondego (EIM) «é que está a coordenar», e que a obra foi adjudicada à SIMAB (Sociedade Instaladora de Mercados Abastecedores, S.A.), que «tem andado a fazer o levantamento», mas que ainda «não há projecto».

Perante a insistência do autarca social-democrata, sobre «afinal, quem é que tem o pelouro do mercado», e recordando que estando em causa «mais de 3 milhões de euros», teria de haver pelo menos «um caderno de encargos», o presidente da câmara “desabafou” que este «foi um projecto que herdámos. Não é a minha proposta», e a EIM «foi implicada nesta solução para dar conteúdo à parceria», sustentou, adiantando, no entanto, que apresentou diversos aspectos a ter em consideração.

Como exemplo apontou a necessidade de «manter a identidade do mercado, não perder configuração de espaço aberto, haver uma perspectiva de revitalização e que se apresentem um conjunto de ideias sobre o primeiro andar.

Até foi sugerido que se estude a ocupação de um ou outro espaço no piso superior para aproveitamento cultural das freguesias» e, eventualmente, para restauração. «Ainda está no domínio da concepção, não há caderno encargos, mas a câmara só intervém enquanto parceiro», disse João Ataíde.

Mas Miguel Almeida entende que a autarquia deveria liderar o processo. «Líder é para liderar. Se eu estivesse no seu lugar quem decidiria o que lá se fazia era eu e vocês estão a desresponsabilizar-se», disse, enquanto o presidente da câmara contrapunha com a falta de tempo (projecto terá de estar concluído a 7 de Julho), salientando que o plano de acção «está condicionado».

Para mais esclarecimentos João Ataíde mandou chamar o engenheiro que está a acompanhar o processo que adiantou que a autarquia «é parceira líder e está envolvida na elaboração do programa a desenvolver».

Já no final da discussão, o presidente recordou que não foi ele que concebeu o modelo (referindo-se ao anterior executivo), mas delineou «os objectivos políticos», frisando que o processo, quando tomou posse e, apesar dos prazos apertados, «há seis meses que estava em estaca zero», disse, garantindo que, se tivesse sido ele a apresentar o projecto teria «tudo muito claro, definido o que cabia a cada um e um grande envolvimento entre todos, que não encontrei», concluiu.

R. da República pode receber Mercado provisório

Miguel Almeida quis ainda saber se já estava definido o local onde se irá instalar provisoriamente o Mercado Municipal e Carlos Monteiro apontou dois espaços: a Rua da República ou o parque de estacionamento junto à zona portuária, inclinando-se mais para a primeira alternativa. «Parece-nos que, em infra-estruturas necessárias, é um bom espaço, por ser central e por reanimar o comércio local, disse, apontando como exemplo outros países da Europa, onde os mercados funcionam em espaços abertos".


Notícia publicada na edição de 05 de Maio de 2010 no jornal regional Diário de Coimbra

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