quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Instalação da Vortice Dance no CAE chumbada


O protocolo entre a Câmara Municipal da Figueira da Foz e a Vortice Dance, que visava a instalação daquela companhia de dança no Centro de Artes e Espectáculos (CAE), foi chumbado na reunião de câmara do dia 12 de Janeiro, com os votos contra da oposição. Em causa esteve, entre outras aspectos, a insuficiente fundamentação da proposta e o escasso esclarecimento sobre a companhia em causa.

As dúvidas sobre a companhia de dança foram levantadas pela vereadora Teresa Machado que questionou se o CAE teria ou não um director artístico e quando teria sido feita essa nomeação. Para a social-democrata “existe aqui uma grande trapalhada”. Perante a resposta do executivo, de que o director artístico ainda não está formalmente nomeado, Teresa Machado afirmou que “se o CAE não tem director artístico muito nos espanta que neste dia nos apareça um senhor na comunicação social a falar da programação de um espaço municipal como o CAE sem legitimidade de funções, ou seja sem estar legalmente contratado. Isto é uma falta de respeito”.

Para a vereadora social-democrata existe uma completa inversão de procedimentos em todo o processo. Se existe um director artístico ele deveria ser o responsável pelas propostas de actividades do CAE, e o protocolo anunciado hoje deveria ser apresentado pelo mesmo, em primeiro lugar à consideração do vereador do pelouro, que posteriormente o submeteria à apreciação do executivo.

Teresa Machado afirmou ainda que o protocolo não passa de “um documento cheio de lacunas na informação fornecida” e levantou uma série de questões no que diz respeito ao número de elementos da companhia, o seu percurso\curriculum, quais as vantagens de esta companhia ser residente, quais as despesas envolvidas em todo o processo, questionando ainda o local escolhido para a residência dos bailarinos, a Quinta das Olaias. A vereadora indagou ainda sobre a existência de garantias de o Ministério da Cultura continuar a apoiar a companhia, visto que está expresso no protocolo uma candidatura a subsídios do estado protocolo esse que também se desconhece o clausulado a considerar.

Os vereadores sociais-democratas, João Gonçalves e Miguel Almeida, insurgiram-se também contra a falta de informação sobre a companhia de dança e contra as fracas justificações do executivo. João Gonçalves pronunciou que “olhando à volta da mesa parece que estamos todos a aprender a ser vereadores, porque para mim quando se apresenta uma proposta ela deve ser justificada e eu não tive a oportunidade de estar aqui sentado no mandato passado e, portanto, não conheço a Vortice Dance”. O vereador acrescentou ainda que o seu voto contra se baseia na questão de que o protocolo está mal fundamentado, e esperava respostas sobre a companhia, mas infelizmente mandaram-nos “arrogantemente procurar no Google”.

Miguel Almeida afirmou ainda que “As opiniões expressas pela bancada e as votações que expressamos, serão sempre de forma a defender aquilo que nos parece ser a defesa dos interesses da Figueira”. Já no final da discussão o vereador social-democrata deixou o aviso ao executivo para seguirem outro caminho que não o da chantagem “ se não vamos ter um problema político”.

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